sexta-feira, 18 de março de 2011

Sugira uma Pauta

Quer discutir a Educação Ambiental? Tem questionamentos de como trabalhá-la na escola ou na comunidade? Quer sugestões? Tem sugestões?
Sugira uma pauta, vamos construir a educação ambiental na coletividade!!!

Um comentário:

Mauro Schorr disse...

A Realidade em Eterna formação da moderna EA

Todo o ano se comenta muita coisa sobre educação ambiental, os mesmos atores globais se reúnem, as políticas são lançadas de forma tímida, como boas teses de doutorado, os recursos são pequenos, o sonho é grande, o resultado, sempre muito longe do que se discute e se almeja, mas a esperança de um novo mundo melhor e mais possível, é o nosso vento, vela, leme, horizonte e tremenda boa vontade.

Teremos um novo grande evento agora entre os dias 22 a 26 de Julho na cidade do Rio de Janeiro, o IV Fórum Brasileiro de Educação Ambiental (Campus da Praia Vermelha – UFRJ - Urca), já possui 4.000 inscrições, então é preciso a gente começar a discutir mais a importância deste tema, sua estratégia para que este imenso esforço, valioso, tão necessário, não seja apenas uma curtição modista local, uma marquetismo político de sempre, que continua a alimentar a nossa agravante situação socioambiental e as políticas do faz-de-conta tão normais de se ver por aí.

A Grande Divisão da EA e a busca de um Equilíbrio

Educação ambiental precisa ser vista em dois grandes blocos no meu ponto de vista: Educação Ambiental Transformadora: a que liberta e salva, cura e enobrece as relações do homem com o ambiente e a sociedade.

E a EA mercadológica, ou a que o enquadra, como um comportado membro de um sistema econômico corporativo e um ativo usuário de produtos de consumo, onde a natureza e o ambiente, são tratados como bens sociais úteis a serem devidamente explorados ou conservados, mas mesmo assim continuam sendo vistos como mercadorias, e podem ser consumidos de forma mais sustentável, para a satisfação pessoal de quem pode pagar, e a elevação de sua qualidade individual de vida. Esta EA acha que o meio ambiente está em um segundo plano, é para ser utilizado, e sua preservação sempre será em benefício do homem.

Uma educação ambiental que se fundamenta em uma base holística, espiritual, de reconecção com o sagrado, e uma ciência adaptada, branda, ética e sustentável, pensa justamente ao contrário: o homem é parte da natureza e sua conservação é a prevenção contra o risco de sua extinção e da vida de seu planeta. A EA moderna precisa respeitar os ambientes naturais que não pertencem necessariamente ao homem, mas à todos os seres, mas o homem aqui é filho, é irmão, é parte e visitante temporário de seu planeta.

A EA capitalista mantêm uma educação fragmentada, utilitarista, separada do todo, da universalidade, que visita a realidade ambiental não se sentido parte deste conjunto harmônico natural. Não se preocupa com a inter, transdisciplinariedade e a transversalidade da educação. A conduz de forma antropocêntrica, racionalista, analítica, cartesiana, e cumulativa não vivencial de conhecimentos muitos pouco aplicáveis e replicáveis na realidade do seu tempo, chegando a ser tóxicos os seus conteúdos mentalmente e espiritualmente aos seus alunos.

Mas a dualidade e o choque ou confronto de forças, são comuns em nossa dimensionalidade física e biológica, a dança da consciência, com o tempo e espaço ou a III D. É sempre interessante buscar-se um equilíbrio, entre o primitivismo parnasiano, o mito do Jardim de Éden e suas mitologias seqüenciais, e o nosso fantástico processo industrial e suas facilidades, confortos e desafiantes impactos. Assim a educação ambiental desta nova era, precisa abrir-se para estes diferentes pulsares, equilibrando o passado com o futuro. Podemos afirmar que somos atores e operários deste eterno desafio e raro dinâmico e exponencial processo.